domingo, 6 de novembro de 2011

Amor à décima primeira vista

O que escrevo não tem
destinatário.
Meras cartas de amor
feitas com paixões futuras e
anônimas.
Jazem nos cantos da minha vida.
Esperam você
com sua letra torta
incrustar no meu peito
seu nome.

(E guardar o lápis de inúmeras cartas
 Deixar de viver poesias vazias
 Prosas inacabadas
 Tornar-me
 sua realidade)

2 comentários:

  1. Excelente! Muito bom MESMO. Olha só que bonito essa Julia escrevendo poesia... Espero ver mais dessas, de verdade.

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  2. Carta em fundo de gaveta não encontra destinatário, e certamente essas velhas cartas o têm, senão não teriam sido escritas. Quem será que as inspirou?
    Deixe o medo na gaveta e mande-as!

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Todos merecem palavras reconfortantes em meio a esse mar de indiferença.